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sábado, 10 de dezembro de 2011

Não tive, terei...

 Joseneide Montenegro


Quando vê o tempo passou.
A busca atropela o tempo!
O tempo é pouco à busca alucinada.
Cheguei,
A busca é outra.
Quando se vê o tempo passou... O tempo de Quintana...
É, Devia ter arriscado mais... ter visto o Sol nascer ...
Titãs, não quero esse epitáfio.
Não quero,
 mas como desviar?  Não paro...
Meu filho, um homem, como?
Infância?
Adolescência?
Não vi, passou o tempo.  
O espelho denuncia, mudou,  
não percebi,  agora paro?
Continuo?
Paro continuo?
 Aquele livro, quando veio?
Alguém o trouxe?
 Comprei?
Não sei, não lembro,
já está amarelado,
sinal do tempo,
não li...
terei tempo?

3 comentários:

  1. Parabéns Neide!!! Cada dia você está mais inspirada!!!
    Valéria Moraes

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  2. Neidinha, segue em frente, sou a torcedora número um, e você como uma canceriana arretada, é a própria inquietude.São Paulo, 11 de dezembro de 2011

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  3. Neide, bela reflexão!

    O tempo que nos resta pode ser pouco ou muito, um piscar de olhos ou uma espera sem fim. Tudo depende de quanto de nós há em cada amanhecer.
    Morvan.

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