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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SEI, OU NÃO?


O que concluir? Nada, continuo com - Só sei que nada sei – se penso porque existo, tenho certeza que existo porque penso, certeza? De que se só sei que nada sei...

“Como posso acreditar no que vejo, ouço, percebo se todos sabemos que os sentidos nos enganam? Como posso ter certeza de que eu esteja aqui, sentado juto ao fogo? Como poderia eu ter certeza de que estas mãos são minhas? Os loucos acreditam que são eis. Além do mais, quantas vezes sonhei que estava neste lugar, vestindo esta roupa? Mas mesmo sonhando consigo admitir que dois mais dois são quatro e o quadrado terá sempre quatro lados, mas e se um deus enganador, ou um gênio maligno, me fez acreditar nestas verdades? Como posso ter certeza que isso não é um engano? Mas e eu, serei eu alguma coisa? Eu, que me convenci de que nada existia no mundo, terei me convencido também de que não existo? Certamente não. Se me engano, não há dúvida de sou alguma coisa. Sou uma coisa que pensa, que duvida. Posso duvidar de tudo, mas tenho certeza de que estou aqui pensando, duvidando.”

Um resumo feito por Viviane Mosé de um trecho das Meditações metafísicas de René Descartes – ( O homem que sabe – Viviane Mosé)