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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Presidente Dilma/Presidente Lula

            Comparações não param, nas conversas que escuto sempre o mesmo discurso - "Ela nunca será igual ao Lula", e jamais conseguirá. São culturas, histórias diferentes como compará-las. Lula vem de uma família humilde, um carisma incomparável. Muitos brasileiros conseguiram se ver nas histórias do Lula PRESIDENTE, anos atrás seria impossível, se pegarmos a biografia dos últimos presidente é fácil verificar. Seria prudente pararmos com comparações, deixem-na governar e nos deixem adaptar à nova cara da Presidência.
            Abaixo reportagem da revista Veja de 05 de janeiro de 2011

            Vinte anos de democracia plena

            À exceção do período conhecido como República Velha, que sucedeu imediatamente ao Império, a história do Brasil jamais registrou duas décadas contínuas de democracia plena, como as que agora se completam com a posse de Dilma Rousseff na Presidência. Desde o fim de 1989, os mandatários vêm sendo eleitos por voto livre e direto e assumindo seu cargo sem nenhum constrangimento de ordem institucional. é um fato extraordinário, inclusive porque, à diferença da República Velha, há vinte anos todos os brasileiros adultos - ricos ou pobres, analfabetos ou letrados - têm  a oportunidade de escolher seus representantes. Não faltaram solavancos: a democracia no país enfrentou um impeachment presidencial, a hiperinflação, quatro crises econômicas internacionais, duas exclusivamente nacionais, escândalos gigantescos de corrupção e um rol de tentativas autoritárias de solapá-las por dentro. Resistiu - resistimos - com galhardia e, nos dias ora em curso, não se veem sombras no horizonte desse regime que, como disse o primeiro-ministro inglês Winston Churchill, "é a pior forma de governo, salvo todas as outras formas experimentadas de tempos em tempos".
         Comemore-se, portanto, a posse de Dilma Rousseff , ela não terá um trabalho fácil...O Brasil avançou muito em diferentes áreas, graças ao processo de estabilização iniciado com o PSDB e continuado pelo PT, mas ainda é preciso vencer um enorme chão para que alcancemos o nível de educação, produtividade, infraestrutura e bem-estar dos países desenvolvidos. Os primeiros 100 dias, como é de praxe, devem definir os rumos gerais do governo que se inicia. Espera-se que Dilma, com a capacidade de decisão que lhe é atribuída e a força que ainda emana forte das unhas, arregace as mangas  e comece a empreender as políticas e reformas necessárias para superar os obstáculos que nos separam do mundo moderno...