O que concluir? Nada, continuo com - Só sei que nada sei – se penso porque
existo, tenho certeza que existo porque penso, certeza? De que se só sei que nada
sei...
“Como posso acreditar no que vejo, ouço,
percebo se todos sabemos que os sentidos nos enganam? Como posso ter certeza de
que eu esteja aqui, sentado juto ao fogo? Como poderia eu ter certeza de que
estas mãos são minhas? Os loucos acreditam que são eis. Além do mais, quantas
vezes sonhei que estava neste lugar, vestindo esta roupa? Mas mesmo sonhando
consigo admitir que dois mais dois são quatro e o quadrado terá sempre quatro
lados, mas e se um deus enganador, ou um gênio maligno, me fez acreditar nestas
verdades? Como posso ter certeza que isso não é um engano? Mas e eu, serei eu
alguma coisa? Eu, que me convenci de que nada existia no mundo, terei me
convencido também de que não existo? Certamente não. Se me engano, não há
dúvida de sou alguma coisa. Sou uma coisa que pensa, que duvida. Posso duvidar
de tudo, mas tenho certeza de que estou aqui pensando, duvidando.”
Um resumo
feito por Viviane Mosé de um trecho das Meditações
metafísicas de René Descartes – ( O homem
que sabe – Viviane Mosé)