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domingo, 20 de maio de 2012

O PRIMEIRO NATAL - 336 d.C.


Um calendário compilado por Fúrio Dionísio Filócalo no ano de 354 d. C., contém o seguinte registro: “VIII kal. lan. Natus Christus in Betleem ludeae (oitavo dia após as calendas de janeiro “25 de dezembro”, nascimento de Cristo em Belém na Judéia). É a primeira indicação definitiva de que, em meados do século IV, os cristãos já haviam estabelecido 25 de dezembro como data do nascimento de Jesus. Os redatores dos Evangelhos não mencionam em que época do ano ele nasceu.
Há várias explicações prováveis para a escolha de 25  de dezembro. Essa era a data do solstício de inverno no hemisfério norte, já celebrada em Roma como Sol Invictus (Sol Inconquistado), uma festa pagã popular. Ela caia exatamente nove meses após o equinócio de primavera, em 25 de março, que os primeiros cristãos alegavam ser o quarto dia da criação, quando foram criados os geradores de luz tais como o Sol. Também era lógico considerar 25 de março a data de concepção de Jesus.
O costume de celebrar o nascimento de Cristo em 25 de dezembro propagou-se de Roma para o resto da Igreja no final do século IV, mas a maioria ainda considerava a Epifania a mais importante festa cristã. Foi só na Idade Média que a comemoração  do Natal começou a tomar a forma atual, com o boi e o jumento junto à manjedoura e os pastores com seus rebanhos.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

DORES DA ALMA


As dores da alma dilaceram o ser, quem já não as viveu? Quem já não desesperou com essa dor, que nos parece incurável, Florbela Espanca diz  “... sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está..”. Talvez saiba onde está, mas não se sabe bem como sossegá-la. Alguns a sentem como uma facada na garganta, no peito pra outros e muitos uma dor que assola todo o corpo. Inúmeros se desesperam ao ponto de dirimirem sua existência, outros se entregam a fé e diversos vivem sua dor silenciosamente, com o tempo se acostumam, esquecem ou vivem na sua companhia eternamente. Os médicos já diagnosticam como depressão e torna os seres dependentes de medicações, às vezes, pelo resto de suas vidas. Não existe experiência para as dores da alma, ela acomete qualquer ser humano, sábios ou não, qualquer um está vulnerável, basta existir.
Existem vários significados para a alma, no hebraico (nephesh), que significa vida ou criatura, no latim (animu), "o que anima", pra nós, pobres mortais, significa existência. O bom seria que essa caminhada fosse bela, verdadeiramente bela, sem tropeços, mas existe vida sem tropeço, alma sem cicatrizes ou feridas por curar?