Os atenienses precisavam de um bode expiatório. Politicamente, a sorte da cidade estava em baixa em 399 a.C, depois de uma derrota humilhante, cinco anos antes, diante da tradicional inimiga Esparta. Havia em Atenas um homem que ganhara fama de ser estranho – o filósofo Sócrates. Admirado por alguns, particularmente pelos jovens, era criticado e combatido por outros, que nele viam uma ameaça para as tradições da polis e um elemento nocivo à juventude. Ele gostava de fazer perguntas difíceis e irritantes; zombava dos que estavam no poder e passava seu tempo debatendo ideias. Sócrates deixou um relato de seu julgamento no qual afirma que Sócrates poderia ter se safado pagando uma multa, mas que ele se recusou a responder ás acusações que lhe faziam alegando não ter feito nada de errado.
"A morte de Sócrates" por Charles Alphonse Dufresnoy S/D |
Por fim Sócrates foi considerado culpado e condenado a morrer tomando cicuta, uma erva tóxica que paralisa o sistema nervoso. Enquanto continuava a debater questões como a imortalidade da alma, Sócrates aceitou calmamente o veneno e sorveu-o de um só gole. Morreu rapidamente.
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